Para introduzir uma assunto ou até dar continuidade acrescentando novos elementos é interessante começar com uma história. Veja como a história fornecer elementos para as atividades em sala de aula.
A ovelha cor de rosa
A pobre ovelhinha cor de rosa, pequena e com frio, baixinho chorava – mééééé mééééé. As vaquinhas, vendo aquele pequeno novelo de lã rosa ali, compadeceram-se de sua situação. E começaram a tomar conta da ovelhinha cor de rosa.
O tempo ia passando e a ovelha cor de rosa crescia junto aos bezerros. Fazia tudo o que os outros faziam, e gostava de morar ali. Mas, secretamente, tinha um sonho. De vive em uma família de ovelhas.
Um dia, uma família de ovelhas com o pelo branquinho como a neve passou perto do pasto. E viram a ovelhinha cor de rosa junto às vacas, bois e bezerros. Estranharam.
- Ovelhinha,
você vive num pasto?
- Sim.
Fui deixada aqui ao nascer, e as vaquinhas me criam.
- Mas, isto está errado. Elas não são ovelhas!
- Não
são ovelhas, mas são a família que eu tenho.
- Por
que você não vem conosco? Assim você fará parte de uma família de ovelhas
de verdade.
A ovelhinha cor de rosa mal cabia em si de tanta felicidade! Finalmente
teria uma família de ovelhas! Outros seres que fazem méééé ao
seu lado – ao invés do costumeiro múúúúú de todos os dias.
A família de ovelhas levou a ovelha cor de rosa para sua casa. A filha,
uma ovelha que tinha a idade da ovelhinha cor de rosa, logo disse: 'você não
pode usar meu pente, minha tiara e nem minhas presilhas de cabelo. Não quero um
único fio de lã rosa estragando as minhas coisas'. A ovelhinha cor de rosa
ficou chateada com a nova irmã, mas aceitou.
Com o tempo, porém, a ovelha cor de rosa viu que não usar o pente da
irmã era o menor de seus males. Os pais colocaram as duas em escolas diferentes
e pareciam ter vergonha da cor rosa de sua filha adotada. E a pobre ovelhinha
cor de rosa começou a se sentir cada vez mais triste e sozinha.
Até que, numa tarde destas, a irmã ovelha começou a implicar com sua cor rosa. E elas brigaram feio. Os pais, então, tomaram uma decisão: 'não tem lugar para você nesta casa! Está na hora de voltar para seu pasto!'
As vaquinhas receberam a ovelhinha cor de rosa de braços abertos. Mas
ela, coitadinha, sentia-se mais rejeitada que nunca. 'Será que nunca haverá
alguém para apreciar o rosa de minha lã?', pensava.
Os bezerrinhos já estavam crescidos e, um a um, iam sendo vendidos ou
trocados. Mimosa, uma bezerrinha gorducha muito amiga da ovelha cor de roda,
foi vendida como vaca leiteira para uma pequena fazenda perto dali. E teve
uma ideia:
- Eles
vem me buscar amanhã, num caminhãozinho. Eu vou fingir que empaquei, não
entro no caminhão. Daí você corre e se esconde lá dentro. Vamos as duas
juntas para a fazendinha!
- Mas,
e se não me quiserem por lá?
- Vão
querer, aposto! E além do mais, quem não arrisca não petisca! Vamos
tentar, ué!
- Está bem, está bem – concordou a ovelha cor de rosa.
Quando chegaram e o dono da fazenda foi ver sua vaquinha, uma surpresa: viu, ali encolhidinha, uma ovelha cor de rosa. Gritou para a mulher e as filhas: 'venham ver isto!'
Passa as manhãs brincando com as vaquinhas, os potros, os patos e as galinhas. À tarde, as filhas do fazendeiro voltam da escola e fazem uma festa danada com ela! Ela vive cercada de amor, e aprendeu uma valiosa lição. Na vida, sempre vai ter alguém para dizer que somos diferentes, e que o diferente é errado. Mas, errado é quem pensa assim! São as nossas diferenças que nos tornam seres únicos, especiais. E é maravilhoso poder ser do seu jeitinho, especial, diferente e único!
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